Na comissão de frente vem o bloco da impunidade.

 

Quem não sabe de cor os refrãos das marchinhas de Carnaval que se repetem todo ano? “Ei você aí, me dá um dinheiro aí”, “Mamãe eu quero, mamãe eu quero”, “Oh abre alas que eu quero passar”, etc, etc, etc.

Pois bem, no nosso mercado de capitais é igual, entra ano e sai ano e o enredo não muda: um Xerife complacente e agentes de mercado ousados, abusados, dispostos a correrem riscos regulatórios.

E por falar em riscos, sambaremos na expectativa da chegada da super-cana, mais um empreendimento “inovador”, candidato a melhor samba-enredo do ano. É a “a volta dos que não foram”, ao som de “vocês pensam que cachaça é água?” (matéria de Kariny Leal e Ricardo Bomfim no link https://valor.globo.com/financas/criptomoedas/noticia/2025/02/25/em-reaparicao-eike-batista-lanca-cripto-eike-lastreada-em-projeto-de-supercana.ghtml). Será que vai servir para fazer caipirinha? Uma dúvida: a nossa sonolenta CVM não havia inabilitado o nobre senhor por 200, 300 anos?

Por isso aproveito essa folga de Carnaval para resgatar um artigo que publiquei no jornal Valor em 04/06/23 (https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/opiniao-a-mao-suave-do-regulador-porta-giratoria-conflito-de-interesses-e-a-frouxidao-nas-punicoes.ghtml).

E como as cabeças brilhantes de Brasília começam a pensar no novo nome para o Colegiado (https://www.estadao.com.br/economia/coluna-do-broad/lista-de-cotados-para-vaga-na-cvm-inclui-nomes-de-mercado-e-do-governo/?srsltid=AfmBOoq31EB0m6G5OP5AN9-XSstRxYzveDBuegXED1uYMEZ48erHWIN9), levanto a bandeira por diversidade de pensamento/origem/formação. Chega de advogados !!! Que venham economistas, contadores, administradores, engenheiros, etc e não somente formados na PUC-RJ, USP, UFRJ e PoliSP. Chega de homem branco engravato, por um Colegiado meio a meio, com rodízio na presidência.

Abraços fraternos,

Renato Chaves


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