Noruega, mas logo a Noruega?

 

A postagem da semana passada rendeu comentários de alguns amigos que questionaram o uso da Noruega como exemplo de investidor ativista sobre os temas ESG.

Argumentaram que o país acumulou sua riqueza explorando principalmente petróleo e, dessa forma, não teria “moral” para divulgar uma lista de empresas impedidas de receberem investimentos por terem causado danos ao meio ambiente e pelo uso intensivo de carvão, por exemplo (são utilizados outros critérios para exclusão como práticas de corrupção, fabricação de armas, violação de direitos humanos).

Eu pergunto então, seguindo essa linha, qual país do chamado 1º mundo mereceria a chancela de “bom moço”? Qual país não explorou sem limites recursos naturais em colônias? E a escravidão? Quantos africanos morreram nas mãos do Reino da Bélgica, só para citar um exemplo (https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/06/30/o-mea-culpa-do-rei-da-belgica-pelas-atrocidades-no-congo). Desculpas não colam, todos tem rabo preso com a história (https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/alemanha-franca-e-reino-unido-se-desculpam-por-passado-colonial/).

Mas afinal, temos outros exemplos de investidores que se dispõem a compra essa briga com o mercado divulgando uma lista de empresas proibidas? Quem souber me avisa no e-mail renatochaves@ymail.com.

O que vemos por aí é muita gente falando o óbvio: “não investimos em empresas que exploram trabalho infantil e produzem armas e tabaco”.

Penso que a divulgação ajuda a educar o nosso mercado, fazendo com que empresas pensem duas vezes antes de chutarem o ESG para a lata do lixo.

Abraços fraternos,

Renato Chaves

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