Regulação no mercado de capitais: hora de balançar o ganzá.


Partindo da premissa que o modelo atual de regulação do nosso mercado de capitais é frágil, pouco intimidatório (vejam como os DRIs ignoram a obrigação de publicarem fatos relevantes), deseducador (para qualquer tipo de infração existe um termo de compromisso que cabe no bolso do meliante) e que termina capturado por grandes escritórios de advocacia (com seus poderosos clientes, leia-se empresas listadas e seus acionistas controladores), só nos resta acreditar que a proposta de mudança é satisfatória, até porque pior que está parece impossível (leia mais no link https://valor.globo.com/financas/noticia/2024/07/17/fazenda-planeja-transformar-bc-e-cvm-em-super-reguladores-do-mercado.ghtml).

Resumidamente a CVM seria fortalecida, com orçamento digno, ganhando atribuições que hoje são do BC, ficando responsável pela regulação e supervisão de condutas dos dois mercados, incluindo o bancário. No BC ficariam concentradas as atividades de regulação e supervisão prudencial do mercado financeiro e de capitais, bem como o comando sobre a política monetária.

Para ficar bonita mesmo a proposta deveria prever que o Colegiado da CVM deverá ser composto exclusivamente por funcionários de carreira do Estado (BC, CVM, Receita Federal, etc.), com diversidade “intelectual” (no máximo dois advogados, com contadores, administradores, economistas, etc.) e de gênero (meio a meio com rodízio na presidência).

Como diria Caetano, chegou a hora de “purificar o Subaé, mandar os malditos embora”.

Abraços fraternos,

Renato Chaves


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