CVM capturada por escritórios de advocacia e acionistas controladores.

 

Em um evento reservado, ocorrido em São Paulo no dia 04/9/24, onde tudo o que se fala pode ser difundido desde que não se revele o autor, ouvi algumas vezes a frase acima, em diferentes versões, mas sempre na linha “a CVM está capturada por grandes escritórios de advocacia que praticamente só defendem quem detém o poder de nossas empresas listadas, estes amparados por uma poderosa associação, sendo usada também como trampolim de carreira para profissionais identificados por vezes como amigos dos poderosos de plantão”.

Talvez a solução seja “purificar” o Colegiado, copiando o modelo da CVM australiana (a ASIC) com sua diversidade. Imaginem um colegiado composto por um economista, um contador, um administrador e no máximo dois advogados. Outra constatação: talvez o Colegiado da CVM seja o único entre as “agências governamentais” a desconsiderar, atropelar de forma sistemática, o trabalho de sua área técnica. Ou seja, funcionam como verdadeiros deuses no Olimpo, senhores da verdade acima de tudo e de todos. Arrogância típica de advogados que viram juízes?

Vai ver se na ANATEL, ANEEL funciona assim...

Mas nada como exemplificar o que se afirma. A partir da próxima semana vou iniciar uma série de postagens com casos julgados onde o Colegiado “atropelou” a área técnica e, por ironia do destino, vou apresentar nessa 1ª postagem um caso que foi julgado no mesmo dia 4 de setembro: o emblemático caso WIZ.

E como contra fatos faltam argumentos, vou logo avisando que não adianta colocar emoji de risada na postagem alheia.

Abraços fraternos,

Renato Chaves

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