Toda corrupção será perdoada, com a complacência da CVM e B3.

 

Uma pausa no estudo sobre remuneração de administradores para tratar do final de mais uma novela escandalosa no nosso cambaleante mercado de capitais.

A história se repete, com uma empresa listada no Novo Mercado (a única que começa com a letra Q) sendo usada para pagar propina, por conta e ordem de seu acionista controlador à época.

O caso revelado em detalhes por um Fato Relevante publicado em 20/7/24 vinha se arrastando desde julho de 2020. Aqui cabe uma provocação: o que fizeram CVM e B3? Mesmo com a publicidade dada por fatos relevantes em 21 e 23 de julho e 26 de outubro de 2020, 11 de janeiro e 1º de outubro de 2021, a empresa foi suspensa do Novo Mercado? Ou a B3 só suspende empresa que polui rio, escraviza funcionários ou explora trabalho infantil? E a frouxa CVM (... o ombro amigo, a mão que afaga) inabilitou o ex-CEO e então acionista controlador, réu confesso identificado pela alcunha o “Fundador”, que se dispôs a ressarcir a Cia. em R$ 20 milhões, menos da metade da multa negociada de R$ 43,5 milhões no acordo leniência (ou seria saliência?)?

A hipocrisia é tamanha, algo tão cafajeste, que o tal acordo prevê que além da simbólica multa a empresas adote certos aprimoramentos ao seu programa de integridade. KKKKKKK, só rindo.

Como diria Lulu Santos, “assim caminha a humanidade,
com passos de formiga e sem vontade”.

Abraços fraternos,

Renato Chaves

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