Fraude é fraude, jacaré é jacaré, bandido do colarinho branco é simplesmente bandido.

Não é de hoje que, na condição de eterno estudante de Ciências Contábeis, revelo minha admiração ao mestre Eliseu Martins, um verdadeiro Papa no assunto juntamente com o professor Ariosvaldo dos Santos. Suas reflexões, já expostas aqui no Blog (veja a postagem de 12/2/22 sobre o desastre nas demonstrações financeiras no link https://www.blogdagovernanca.com/2022/02/demonstracoes-financeiras-fajutas.html), representam verdadeiras pílulas de sabedoria para todos que acompanham o mercado de capitais. 

Não irei reproduzir o seu texto publicado na prestigiada Revista Capital Aberto em 07/5/23, na forma de desabafo (veja no link https://capitalaberto.com.br/secoes/colunistas/um-desabafo-sobre-a-fraude-na-americanas/), mas gostaria de declarar minha concordância enfática com a percepção que “jogar despesas financeiras contra fornecedores, registrar indevidamente os rebates, adulterar imobilizado e intangível – entre, possivelmente, outros desastres – são escolhas que jamais poderiam ser chamadas de erros”.

Pois é querido Mestre, isso é coisa de bandidos, gangue, OCRIM, uma fraude grotesca. E não me venham dizer que o Conselho de Administração/controladores não sabiam de nada, pois em empresas com controle definido os controladores sabem de tudo. Basta quebrar o sigilo telefônico/telemático dessa galera para abrir-lhes as portas do xilindró. Sabem de tudo e os executivos não passam de “longa manus” (adoro esses termos jurídicos rsrsrs), verdadeiros feitores, como vemos nos inúmeros casos de pagamento de propinas Brasil afora. E por falar em pagamento de propinas, só para não perder o hábito de bater no sonolento Xerife, o controlador da empresa aérea vai ser julgado quando mesmo? Ou vai ter terminho de compromisso na Rua Sete de Setembro, com posterior rega bofe na Confeitaria Colombo (desculpem a expressão - tenho mais de 50 anos rsrsrs)?

Abraços fraternos,

Renato Chaves

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