Mais espoleta para o Xerife.

 


Levantamento apresentado pelo jornal Valor revela que a bandidagem do mercado de capitais, que antes da Lei 13.506 fazia um chequinho de R$ 200 mil, em média, para engavetar acusações sem o devido julgamento, passou a desembolsar R$ 350 mil para celebrar os famigerados “terminhos de compromisso” (veja matéria da jornalista Juliana Schincariol no link https://valor.globo.com/financas/noticia/2022/10/17/acordo-com-cvm-fica-mais-caro-diz-levantamento.ghtml).


Em postagens passadas cheguei a “prever” tal fenômeno (como em 04/10/2015 - https://www.blogdagovernanca.com/2015/10/a-cvm-ganhou-mais-municao-pena-que-os.html). Parece que a munição do Xerife era de festim, pois a impunidade continua, não importa a gravidade do delito – pode ser insider trading, manipulação de preços, fraude contábil conjugada com pagamento de propina, seja lá o que for o Xerife está sempre de bolso aberto para engavetar acusações sem julgamento. E assim os meliantes ganham “ficha limpa”, salvo conduto para continuarem como conselheiros, executivos e controladores de empresas listadas. Você, gestor de recursos, questiona a corrupção na política, mas continua sendo sócio do “Príncipe das empreiteiras” e do famoso Júnior? E a aérea que “financia” sites da corrupção? Vamos falar de ESG? Stewardship?


Tranquilidade Sr. Luiz, se o Xerife falar grosso basta propor um terminho de compromisso (mas não menos de R$ 350 mil), pagar o Darf e correr para comemorar com seus advogados.


E “assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade”, já dizia Lulu Santos.


Abraços fraternos,

Renato Chaves 

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