"Fraude não se regula, fraude se pune."

 Bonita frase do novo Xerife (veja na matéria da jornalista Juliana Schincariol no link https://valor.globo.com/financas/criptomoedas/noticia/2022/08/08/cvm-prepara-parecer-sobre-cripto-fraude-nao-se-regula-se-pune-diz-presidente.ghtml). Pena que a realidade contradiz o pomposo discurso.


Isso porque casos de fraudes milionárias com o uso de empresas listadas para pagamento de propina a famosos políticos, como no caso do ex presidiário “Caranguejo” (vejam na matéria da jornalista Juliana Schincariol no link https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/08/09/executivos-da-gol-tentam-acordo-com-cvm-em-caso-que-envolve-vantagens-indevidas.ghtml e no link https://www.gov.br/cvm/pt-br/assuntos/noticias/cvm-aceita-termo-de-compromisso-com-executivos-da-hypera-s-a-e-suas-subsidiarias), tem sido tratados pelo Colegiado como singelos casos de malfeitos inofensivos. Contrariando as peças de acusação muito bem formuladas pela competente área técnica da CVM, o Colegiado transformou os termos de compromisso em carta branca para delinquentes perigosíssimos, sem avaliar a gravidade das infrações cometidas.


Resumindo, fato é que foi criado um vergonhoso balcão de negócios na Rua Sete de Setembro: como nas Casas Bahia, a pergunta que se faz ao meliante de colarinho branco é “quer pagar quanto?”

 

Data Venia nobre Xerife, fraude não se esconde debaixo do tapete com vergonhosos termos de compromisso. Fraude se pune.


Abraços fraternos,

Renato Chaves  

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