Temporada de assembleias: o velho enredo que se repete.
Tímidas disputas na eleição de conselheiros (parecendo jogo da série B –
disso eu entendo), pouca discussão sobre os números das companhias e nenhum
debate sobre a remuneração dos executivos.
Já as fraudes contábeis e o pagamento de propina para políticos são
assuntos proibidos nos conclaves anuais.
E reparem bem: quando chega no item de pauta “Fixação da remuneração
anual global dos administradores e dos membros do Conselho Fiscal para o ano de
2021” o que mais vemos é abstenção ou votos de aprovação encabulada, sem
debate.
Ninguém questiona como pode uma Cia. destinar quase metade dos gastos
com o Conselho de Administração pela participação em comitês !!!
Ninguém questiona o que leva o presidente do Conselho de Administração
ganhar “zilhões” de vezes mais que outros conselheiros, só porque é o
controlador da empresa !!!
Mas assembleia não é lugar para esse tipo de discussão, dirão os sisudos
advogados de plantão. Não me digam que esses assuntos devem ser “conversados”
ao pé do ouvido do diretor de relações com investidores, em uma conversa
reservada, para não fazer marola?
Para acalorar esse debate vem aí um estudo sobre os conselhos de administração
mais caros do Brasil ... Vai ter gente que vai ficar incomodada.
Abraços fraternos,
Renato
Chaves
Fantástica abordagem Renato! Quando puder, gostaria de sua avaliação quanto ao novo dispositivo do art. 5, parágrafo 3 da MP 1.040/21 que altera a Lei 6.404 proibindo, (com produção a partir de 360 dias) acumulação de função entre presidente do Conselho de Administração e Diretor Presidente da Empresa e/ou CEO.
ResponderExcluirObrigado amigo. Acho válida a proibição, mas na prática o fundador, ex CEO, vai para a presidência do Conselho e aprova uma distribuição desproporcional da verba do Conselho... farinha pouca meu pirão primeiro. As diferenças chegam a 71.000% !!! Um forte abraço.
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