Investidores aceitam desaforos em troca de um perfume qualquer.



Quem gosta de um bom filme vai se lembrar dos diálogos e da dança conduzida por Al Pacino no filme Perfume de Mulher (https://www.youtube.com/watch?v=I-p7TcDKJpo). Mesmo deficiente visual, o personagem Frank impressiona a jovem Donna ao descobrir o seu perfume à distância e ensinar-lhe a arte de dançar tango.

Pois investidores também gostam de um bom perfume: se encantam com “teses de investimento” em empresas com sócios amigos/financiadores das turmas de Bangu 8 e Papuda como se descobrissem um perfume secreto, e pior, por vezes acham que um perfume novo pode mudar a governança de uma empresa fétida, corrupta em seu DNA.

Não adianta querer exportar pétalas de rosas da tradicional banca de flores da Praça Nossa Senhora da Paz (freguesia de Ipanema na Cidade Maravilhosa) para mudar os aromas do Rio Tietê.

Por exemplo, investem na “empresa sorriso”, aquela que tem a capacidade de reabrir aeroporto em Ilhéus e é controlada por amigo íntimo de “Dudu Bangu 8”, e depois reclamam do apetite desse controlador sobre o caixa da empresa, coisa de R$ 1,2 bilhão de reais.

Investem na empresa que paga bônus para ex executivos antes da delação no MPF e acreditam que uma nova fragrância no Conselho de Administração levará a empresa ao estado da arte da governança, como um Fórmula 1 passeando por estradas e pedágios do nosso Brasil varonil.

Investem até na petroquímica do “príncipe”, a única que consegue transformar eteno em azeite de dendê e propina.

Aliás, como me diz o provocador amigo do Vale das Videiras, o que mais vemos é investidor despreparado e/ou omisso em assembleias. Mas isso é assunto para uma próxima postagem.

Abraços fraternos,
Renato Chaves

Comentários

Postagens mais visitadas