Operação Boeing-Embraer: ofertando espelhinho para índio.
Primeiro separa o que
interessa, coloca esses ativos em uma empresa nova e compra o controle da
empresa; chama isso pelo pomposo nome de joint venture (uma JV), com ares de
parceria estratégica, e consegue fugir das obrigações estatutárias que regulam
uma aquisição de controle.
Nota-se que a empresa
brasileira irá embolsar um valor inferior aos custos de desenvolvimento de seus
projetos de aviação regional, os campeões de vendas.
Deixa-se a empresa
brasileira minoritária na tal JV, como passageira na última poltrona da aeronave,
aquela cujo assento não reclina.
A qualquer momento uma
opção de venda pode ser exercida, ou seja, a parceria de longo prazo pode durar
alguns minutos, considerando a enorme diferença de tamanho das duas “parceiras”
(a americana fatura quase US$ 100 bilhões e a brasileira somente US$ 6 bilhões).
Resumindo, como dizia Kate
Lyra “o brasileiro é tão bonzinho”.
No mercado de capitais esse
tipo de negócio é chamado de “operação Caracu” (os entendedores entenderão).
Abraços a todos,
Renato Chaves
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