Acordo de “saliência” da CCR: quem autorizou pagar propinas milionárias?
Fez saliência? Faz um
acordinho com o MP e fica tudo bem?
Acreditem, a ação até valoriza na B3 (veja
em https://www.valor.com.br/empresas/6006067/apos-acordo-de-leniencia-ccr-ganha-r-26-bi-em-valor-de-mercado)
!!!
Mas os responsáveis vão continuar na empresa? Ou serão “demitidos” com um
belo bônus no bolso, livres para atuarem em outras SAs? Devolverão os bônus
recebidos no período de resultados turbinados pela “ajudinha” de políticos
corruptos?
A pergunta de R$ 81,5
milhões? Quem autorizou pagar propinas milionárias?
O ex CEO, um iluminado que
agia sozinho?
O conselho de
administração mandou praticar o malfeito?
Ou o conselho autorizou verbalmente,
a partir de uma proposta do CEO?
Todos os conselheiros ou
somente alguns participaram do conluio?
Ou será que ocorreu uma
ligação direta entre acionistas controladores e executivos, estilo banqueiro
baiano em empresa de telecomunicações?
Vencida uma etapa na
esfera criminal com o acordo do MP, a bola está com a CVM (processo SP-2018/83 –
processo eletrônico nº 19957.001586/2018-96), já que o artigo 154 da Lei 6404 é
mais claro que empurrão no goleiro do Botafogo em final de campeonato
brasileiro: alguém, um CPF tem que ser responsabilizado e não pode ser de um
gerente de 3º escalão, um imbecil voluntarioso capaz de ludibriar todos os
controles internos de uma empresa com grau de aderência ao Código Brasileiro de
Governança de 71,15%.
A empresa fez acordo,
todos os acionistas pagaram a conta, incluindo os otários dos minoritários, mas
os agentes responsáveis pela formação da grande quadrilha corporativa não podem
continuar atuando em empresas listadas, a praia da CVM... Inabilitação de 20
anos é o que se espera para essa turma, longe de empresas listadas, plantando
batatas em Botucatu ou criando boi gordo em Paracatu.
Por essa e outras defendo
a troca regular dos CEOs, como acontece com as auditorias externas: CEO tem que
ter prazo de validade. Tempo demais na função cria uma sensação de confiança
que não deveria existir, pois leva ao relaxamento dos controles... Quando o CEO
vira amigo de buracos de golfe do Presidente do Conselho, é convidado para padrinho
de casamento de uma filha ou os dois singram em veleiros de 56 pés os mares de
Angra temos o caos instaurado.... Taí o Carlinhos “Gosth” como prova viva.
Abraços a todos,
Renato Chaves
As donas da CCR são as Penido Dalla Vecchia, as brasileiras mais ricas do mundo, donas da SERVENG, ninguém no Brasil tem coragem de fazer nada, a CVM nem se atreve a tentar. O próprio Ministério Público de São Paulo arriou, o desvio foi de 48 bilhoes e a multa que o promotor aplicou foi apenas de 80 milhões, praticamente uma medalha no peito dos corruptos e o promotor desculpou a empresa em entrevista, disse que a CCR foi "obrigada" a corromper, parecia um advogado de defesa falando. A empresa ainda ganhou com as ações que subiram e recebeu como prêmio a licitação das estradas do Rio Grande do Sul. No Brasil não vale a pena ser honesto, este país acabou, não tem ninguém que dê jeito não.
ResponderExcluir