Vem aí a safra de assembleias: hora de rejeitar propostas de empresas que escondem informações.
2018, século 21, planeta
Terra... Exceto para os boletins de voto à distância, que continuam usando
tecnologia do século passado.
Agora é oficial: meu
agente de custódia confirmou que os boletins de voto à distância deverão ser
digitalizados, folha por folha, e encaminhados por email, como no ano passado. De
nada adiantou a pressão da AMEC (vide carta em https://www.amecbrasil.org.br/cartaamecpresi-n-122017/).
Processo manual, com
riscos de falha, isso em pleno século 21.
Na postagem de 06/1, um
leitor do Blog ponderou que seria muito custoso criar um sistema de voto
eletrônico direto no homebroker de cada instituição. Repliquei afirmando que o
sistema já existe, pois os custodiantes são poderosas instituições financeiras
que utilizam regularmente o voto eletrônico nas assembleias de seus fundos de
investimento. Ou seja, não seria necessário criar um sistema, mas sim fazer adaptações.
E o custo dessa adaptação?
Nada que uma taxa de custódia mensal de R$ 14,25 não suporte.
Mas nada disso desanima
quem gosta de subir uma montanha nos Andes e torce pelo Glorioso... Quando não
der para participar de corpo e alma de uma das 33 assembleias das empresas onde
invisto, por conflito de datas, lá estarei por intermédio do boletim de voto à
distância, transmitido por email, votando contra todas as propostas de remuneração
de Administradores que escondem informações no Formulário de Referência. Eu e
todos os investidores estrangeiros que seguem a recomendação de voto de
consultorias especializadas, como ISS e Glass Lewis.
Em 2017 o tema chamou a
atenção desses investidores, como podemos observar nos inúmeros casos de
assembleias com votos contrários à aprovação das propostas de remuneração....
Vejam as atas de Embraer (21% de rejeição), Vale (também 21%), Oi (18%) e
Kroton (20%) !!!
Vai ter barulho sim,
afinal já é carnaval...
Mas como se comportarão os
fundos de pensão e gestores de fundos nacionais? Vão ficar quietos, fingindo
que esse assunto é irrelevante, ou vão pressionar? Mandarão cartas para os
presidentes de conselhos de Administração ou aguardarão o dia da assembleia, burocraticamente,
covardemente? Será que estamos diante de um surto de cegueira deliberada (adoro
esse termo jurídico)?
Por fim, nunca é demais
lembrar a lista com 32 empresas extraída do Anuário de Governança Corporativa
das Companhias Abertas da Revista Capital Aberto 2017-2018, que consolida informações
dos Formulários de Referência das 100 empresas mais negociadas na bolsa
brasileira.
1. Alpargatas
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2. B2W
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3. Bradesco
|
4. Bradespar
|
5. BTG
|
6. CCR
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7. Cielo
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8. Cosan
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9. CPFL
|
10.
CSN
|
11.
Duratex
|
12.
Embraer
|
13.
Fibria
|
14.
Gerdau
|
15.
Gol
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16.
Iguatemi
|
17.
Iochpe
|
18.
Itau Unibanco
|
19.
Itausa
|
20.
Kroton
|
21.
Lojas Americanas
|
22.
Met Gerdau
|
23.
Minerva
|
24.
Multiplus
|
25.
Oi
|
26.
Pão de Açúcar
|
27.
Santander
|
28.
Suzano
|
29.
Telefonica
|
30.
TIM
|
31.
Vale
|
32.
Via Varejo
|
Abraços a todos,
Renato Chaves
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