Lista atualizada de empresas que escondem informações sobre remuneração.
(VERSÃO ATUALIZADA ÁS 15h47m do dia 12/12/16)
Final de ano, hora da tão
esperada lista de empresas que enganam o mercado com o discurso falso de
transparência e afrontam a CVM ao esconderem informações com a proteção de uma decisão
judicial.
E nada mudou, como nos
revela o respeitado Anuário de Governança Corporativa da Revista Capital Aberto
2016-2017, lançado recentemente com informações coletadas dos Formulários de
Referência das 100 empresas mais negociadas na bolsa brasileira. A falta de
compromisso com a transparência de grandes empresas é entristecedora: o
percentual de empresas que utilizam espontaneamente a decisão judicial para
esconder informações sobre as remunerações mínima, média e máxima de seus
Administradores atinge 35%, percentual praticamente inalterado em relação ao
universo de empresas do Anuário 2015-2016 (34%). Pura covardia ao enfrentar a
CVM por meio de terceiros, uma associação que representa interesses
personalíssimos dos executivos, com zero de tradição no tema “governança
corporativa”......... Um verdadeiro “passa moleque” no nosso mercado de
capitais. Vale lembrar que o universo de empresas analisadas pelo Anuário muda
de um ano para o outro, por conta da dinâmica do critério utilizado – as
empresas mais líquidas. Eis a lista atualizada:
1. Alpargatas
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2. B2W
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3. Bradesco
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4. Bradespar
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5. Braskem
6. BRMalls (só divulga do CAdm)
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7. BTG
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8. CCR
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9. Cielo
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10.
Cosan
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11.
CPFL
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12.
CSN
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13.
Duratex
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14.
Embraer
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15.
Even
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16.
Fibria
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17.
Gerdau
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18.
Gol
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19.
Iguatemi
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20.
Itau
Unibanco
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21.
Itausa
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22.
Kroton
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23.
Lojas
Americanas
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24.
Met
Gerdau
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25.
Minerva
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26.
Multiplus
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27.
Oi
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28.
Pão de
Açúcar
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29.
Rumo Log
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30.
Santander
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31.
Suzano
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32.
Telefonica
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33.
TIM
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34.
Vale
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35.
Via
Varejo
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Acontece que esse
comportamento covarde, que só atende aos interesses particulares dos
executivos, está chamando a atenção de importantes investidores,
associações/institutos e consultorias internacionais de recomendação de voto, como
podemos observar nos inúmeros casos de assembleias em 2016 com votos contrários
à aprovação das propostas de remuneração.... Confiram nas atas das AGOs da
Duratex, Embraer, CSN, Fibria, Itausa, Minerva, TIM e Oi.
Espero que o
constrangimento de receber inúmeros votos contrários, especialmente de
investidores estrangeiros, faça essas empresas recuarem, desistindo de usar a
proteção da lei no interesse particular de alguns poucos executivos..... Não
quer seguir as regras da CVM? Vai ser administrador de empresa não listada !!!
Abraços a todos,
Renato
Chaves
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