Uma ação, um voto: a confusão está formada.
De um lado da trincheira a BM&FBovespa, com o
regulamento mais flexível do Nível 2 do segmento Bovespa Mais que abre a guarda
para ofertas com ações PN. Do outro, os defensores das boas práticas de
Governança mais “radicais”, ou puristas, defensores das emissões com 100% de ONs.
Particularmente gosto de ver interesses econômicos
alinhados com poderes políticos, ou seja, somente ações ON. Todo mundo no mesmo
barco. Nessa linha sou até mais radical, pois defendo que somente os acionistas
há mais de 1 ano possam votar na eleição de conselheiros. Isso evitaria a
atuação de “aventureiros” ou os falsos “defensores dos francos e oprimidos”.
Mas isso é assunto para outra postagem.
Mas será que o mercado está realmente interessado
em estruturas de capital com ações PN? Ou será somente uma demanda dos agentes
que fazem as emissões – bancos de investimentos, advogados, etc?
Para enrolar mais ainda a discussão vem a Prima-donna
do mercado e cria suas regras só pensando no lado dos incentivos, deixando de
lado a tal “governança corporativa”. E aí não resta alternativa a não ser lutar
pela criação de sistemas mais robustos nessas empresas. Vejamos algumas medidas
simples para criar essa “robustez”:
·
Obrigação
de um conselho fiscal estatutário;
·
Maioria
de membros do conselho fiscal eleitos por acionistas minoritários;
·
Conselho
de Administração com 30% de conselheiros “independentes”;
·
Presença
obrigatória de um conselheiro “independente” no comitê de auditoria/finanças,
quando em funcionamento.
Penso, com o viés de conselheiro fiscal que sou,
que a criação de um ambiente mais “amigável” à fiscalização pelos minoritários resultaria
em mais segurança para os investidores.
Abraços a todos,
Renato
Chaves
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