Ensinando padre a rezar missa?
Confesso que não entendi o objetivo da Carta de Orientação do
IBGC, com o título “Atuação de Conselheiros de Administração” (disponível no
site do Instituto). Vão ter que desenhar...
Enfatizar aspectos do Código de Melhores Práticas de Governança do
próprio Instituto? Precisa? Ou seria um puxão de orelha em certos conselheiros,
especialmente para diminuir as “chances de erro”, como diz o texto? Mas que
tipo de erro? Seria a aplicação de 40% do saldo de caixa da Cia. em empresa
quebrada de sócio (probabilidade de receber = quase ZERO)? Ou seriam os erros
que levaram à bancarrota prósperas empresas dos ramos de alimentos e celulose?
Perguntar não ofende, já dizia o bordão criado por Jô Soares no Programa
Planeta dos Homens (quem tem mais de 40 anos sabe o que estou falando).
Fora isso, vou aguardar com ansiedade uma Carta de Orientação direcionada
a uma minoria de empresas que usa espontaneamente a famigerada liminar que
afronta a atuação da CVM ao questionar a divulgação das remunerações mínima,
média e máxima de Administradores. A Carta serviria para orientar essas
inimigas da transparência (algumas são mantenedoras do próprio IBGC, acreditem
!!!) a deixar de fazê-lo: não é difícil ser transparente, basta seguir as
orientações do Código de Melhores Práticas !!! O que não dá é ser meio
transparente, assim como não dá para ficar ligeiramente grávida (mais uma
contribuição dos anos 80 – música da banda Blitz).
Abraços a todos,
Renato Chaves
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