Remuneração de executivos: a hipocrisia continua.

Enquanto lá fora o tema é visitado freqüentemente pelos investidores na busca de uma ou outra discrepância, por aqui empresas que arrotam o bordão “seguimos as melhores práticas de Governança” continuam a ocultar informações dos investidores.

A recente matéria do jornal Valor (“CEOs americanos ganham 296 vezes o salário de um funcionário médio”, de 20/6), nos revela que lá fora monitoramento é constante, com o uso de um interessante indicador que já sugeri a utilização para a CVM. Penso que qualquer número acima de 60 vezes é imoral: nenhum ser humano, seja ele um líder carismático ou coisa parecida, vale tanto mais do que quem produz a riqueza no “chão de fábrica”. O estudo apresentado na matéria conclui que “mudanças nas políticas de governança corporativa das empresas seriam uma potencial solução para diminuir a discrepância”.

Para ajudar a desmascarar as empresas brasileiras inimigas da transparência vou atualizar em breve, com base dos formulários de referência depositados em 2014, a lista de quem usa a famigerada liminar para afrontar a CVM e não divulgar as remunerações mínima, média e máxima dos administradores de empresas de capital aberto no Brasil. Aguardem...

Abraços a todos e uma boa semana,

Renato Chaves

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