Empresas devem patrocinar o IBGC?
No momento que a sociedade discute se empresas devem ser impedidas de financiar campanhas políticas e, no âmbito do mercado de capitais, algumas importantes empresas tem suas práticas de governança questionadas, sugiro debater se o nosso Instituto deve continuar aceitando a filiação de empresas.
Nascido como um instituto de conselheiros, o nosso IBGC hoje convive com importantes patrocinadores na categoria pessoa jurídica, conforme é possível conferir nos banners na sua página na WEB (queria listar o valor das contribuições mas não achei o Relatório Anual no site/labirinto).
E o que fazer quando essas empresas afrontam o próprio Código de Melhores Práticas? Quando se escondem por de trás de uma liminar para afrontar a transparência e o nosso regulador/CVM (ref ao item 13.11 do Formulário de Referência)? Ou ainda quando certas empresas propõem operações que são atacadas pela AMEC e vários investidores, mas patrocinam o nosso Congresso?
Temos que ter a coragem para enfrentar o debate e soltar o IBGC das amarras das polpudas anuidades pagas por essas influentes empresas. Adotar uma postura firme, sugerindo mudanças em leis, indo além do singelo debate sobre quotas para mulheres em conselhos, por exemplo. O nosso Instituto tem que ter liberdade total para defender as boas práticas de GC, atacando frontalmente os agentes que deturpam escandalosamente o nosso mercado, doa a quem doer.
Abraços a todos,
Renato Chaves
Nascido como um instituto de conselheiros, o nosso IBGC hoje convive com importantes patrocinadores na categoria pessoa jurídica, conforme é possível conferir nos banners na sua página na WEB (queria listar o valor das contribuições mas não achei o Relatório Anual no site/labirinto).
E o que fazer quando essas empresas afrontam o próprio Código de Melhores Práticas? Quando se escondem por de trás de uma liminar para afrontar a transparência e o nosso regulador/CVM (ref ao item 13.11 do Formulário de Referência)? Ou ainda quando certas empresas propõem operações que são atacadas pela AMEC e vários investidores, mas patrocinam o nosso Congresso?
Temos que ter a coragem para enfrentar o debate e soltar o IBGC das amarras das polpudas anuidades pagas por essas influentes empresas. Adotar uma postura firme, sugerindo mudanças em leis, indo além do singelo debate sobre quotas para mulheres em conselhos, por exemplo. O nosso Instituto tem que ter liberdade total para defender as boas práticas de GC, atacando frontalmente os agentes que deturpam escandalosamente o nosso mercado, doa a quem doer.
Abraços a todos,
Renato Chaves
Caro Renato,
ResponderExcluirCom relação a sua postagem, compartilho algumas informações.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) é uma organização sem fins lucrativos, cuja missão é disseminar as melhores práticas de Governança de forma ampla. Sua atuação converge para públicos de diferentes perfis e grupos, o que torna o Instituto uma organização multistakeholder (veja o perfil em http://goo.gl/DgnswD) e independente para defender sua missão.
O IBGC se autofinancia com as atividades que desenvolve (IBGC/Relatórios Anuais em http://goo.gl/DUHyjB), sendo 4,3% de sua receita total proveniente da anuidade dos associados mantenedores. Com a contribuição dessas empresas, o IBGC aporta recursos para pesquisas, advocacy, livro anual e outras publicações, cujos conteúdos primam pela independência e elevação do debate. A independência do Instituto não é influenciada pelo valor proveniente das anuidades. Ao contrário, este valor permite ao Instituto uma atuação autônoma no mercado. A participação de empresas apoiando a causa da Governança é um sinal claro de que o tema gera benefício sistêmico para o desenvolvimento do País como um todo.
Cordialmente,
Heloisa B. Bedicks
Superintendente Geral do IBGC
Querida Heloisa, eu sei que o IBGC é uma organização sem fins lucrativos e fico aliviado em saber que o percentual de participação das empresas associadas nas receitas é irrelevante. Mais um motivo para não termos empresas associadas.
ExcluirMe preocupa o constrangimento de termos empresas que descumprem o Código ao usar a liminar IBEF e que são processadas na CVM por práticas lesivas a investidores, inclusive com críticas da AMEC.
Um abraço,
Renato Chaves