Empresas devem patrocinar o IBGC? Afasta de mim esse cálice...
Muito
oportuno o esclarecimento que recebi da Administração do IBGC via blog (a
informação não estava disponível no site do instituto e sim no estranho endereço
http://goo.gl/DUHyjB): fiquei aliviado em saber que os “associados mantenedores”
contribuem somente com 4,3% da receita total. Podemos concluir que eles podem
sair do IBGC sem impacto significativo nas finanças.
Mas será
que a presença de empresas carrega algum conflito de interesse?
Vejamos o
caso do uso da liminar que afronta a Instrução CVM 480. Por que será que o IBGC
não adota uma posição clara e firme de defesa da CVM, considerando que o nosso
código defende exatamente a transparência desse tipo de informação? Será para
não criar constrangimento com as inúmeras empresas associadas que se escondem covardemente
atrás da famigerada liminar? Aliás, nesse ponto a CVM está sozinha, pois nem os
ativistas defensores dos fracos e oprimidos querem arrumar confusão com as
empresas mais poderosas do Brasil, como as mais VALEosas, os bancos que vivem na
cidade do todo poderoso e os iChatos.
E o que
dizer das empresas associadas que adotam posturas questionadas pela AMEC e
importantes investidores, inclusive com inúmeros processos na CVM? Dá para
conviver sem criticar, fingindo que todos são “límpidos” e que no mundo da
governança tudo são flores? E ainda por cima receber patrocínios para eventos e
até para o Congresso? Essas empresas são dignas para usar o “selo” de boas
práticas?
Notem que
é raro nos depararmos com representantes dessas empresas em comitês, até mesmo em
eventos. Quando muito aparecem timidamente no Congresso, especialmente o
pessoal de Minas.... Ou seja, pouco contribuem no desenvolvimento das boas
práticas.
Traçando
um paralelo: será que ativistas de governança podem se filiar à ABRASCA?
E vale
lembrar que o IBGC nasceu da união de conselheiros.
Abraços a
todos,
Renato Chaves
Será que esse assunto será abordado no 15º Congresso do IBGC em outubro?
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