Diversidade? Cadê?
Sobram
Pedros, Guilhermes, Antônios e Robertos. Senhores sisudos, engravatados que
supostamente entendem de tudo, até de cosméticos. São elegantes, com seus
ternos bem cortados e suas gravatas caras (para que servem as
gravatas mesmo em um país tropical?), mas nunca usaram um batom. A
verdade é que faltam Marias, Anas, Letícias e Julianas nos cargos gerenciais e
nos conselhos de administração das Naturas da vida, assim como faltam negros.
Que
tal incluirmos no Formulário de Referência a exigência de apresentação do
percentual de mulheres e negros em cargos de chefia? Só depende da CVM...
Ao
invés de impormos cotas a mudança se daria pelo constrangimento, onde as
empresas que usam o termo diversidade levianamente seriam desmascaradas. A idéia
pode ser boa, mas sempre pode aparecer um instituto carioca “espírito de porco”
com uma liminar judicial para proteger quem não precisa de proteção e esconder
o que não deve ser escondido.
Abraços
a todos e uma boa semana,
Renato
Chaves
De acordo com o censo de 2010 do IBGE, os negros e pardos representam 50,1% da nossa população. Os brancos representam 47,7%. Dá para contarmos nos dedos quantos negros/pardos vemos nos grandes eventos corporativos em São Paulo. Da mesma forma, segundo o censo de 2000 do IBGE (estou desconfiando dos dados de 2010) temos 14,5% da nossa população com alguma deficiência. Destes, 48,1% tem alguma deficiência visual, 27,1% física, 16,6% mental e 8,2% auditiva. As pessoas com deficiência praticamente inexistem em cargos diretivos no mundo corporativo brasileiro. Negros, pardos, pessoas com alguma deficiência...estamos avançando, mas temos trabalho a fazer.
ResponderExcluirBom ponto, Renato. Os indicadores LA1 e LA2 da GRI já tratam do tema, mas menos de 1/3 das empresas na bolsa usam esse padrão de relato. A Revista Exame desse mês também falou do assunto. Abcs, Gustavo
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